Médico neurocirurgião e professor do Unipê aponta os efeitos do doce no cérebro e os prejuízos à saúde.
Quando se fala em alimentação saudável, a comunidade científica já reconhece que o consumo de doces, em geral, não é algo que se deva excluir. E é fato que algumas parcelas da população precisam ter mais cuidado, como pessoas com diabetes. Contudo, para esses indivíduos há diversas receitas e produtos no mercado que se adequam à condição de saúde. Mas o que faz com que algumas pessoas comam doces excessivamente?
O médico neurocirurgião e Prof. Dr. Nêuton Magalhães, do curso de Medicina do Unipê, explica que o desejo excessivo para comer doces pode estar ligado a vários fatores culturais, doenças orgânicas ou problemas emocionais. Ele exemplifica que quem está acostumado a ingerir doces em demasia desde a infância, pela própria cultura alimentar, pode nem perceber que está exagerando nesse consumo.
“Os doces ativam a área do prazer, satisfação e recompensa do cérebro, resultam em sensação de bem-estar e podem gerar uma necessidade de dependência, mas não chega a causar vício como álcool e drogas”, observa o neurocirurgião. “Isso pode ser utilizado por muitas pessoas como ‘válvula de escape’ para melhorar a situações de humor deprimido ou ansiedade”, discorre.
Doces e problemas de saúde
Comer doces de forma exagerada pode indicar diabetes. “O indivíduo se alimenta e permanece com fome porque não tem insulina para colocar a glicose para dentro das células, o que gera mais vontade de comer doces e mais fome.
Além do diabetes, a pessoa pode desenvolver problemas cardiovasculares, hipertensão e até mesmo cânceres. Nêuton ainda informa que a compulsão por doces pode gerar o risco do excesso de peso, obesidade e o mascaramento de problemas emocionais que precisam ser resolvidos.
“Quando existem fatores comportamentais e emocionais envolvidos, dificilmente o indivíduo resolverá apenas com mudança de hábito alimentar. Provavelmente precisará recorrer ao uso de alguma medicação controlada para inibir esse impulso por doces, devendo procurar ajuda especializada”, coloca. “Pessoas com tendência a compulsão alimentar, ansiedade e depressão também podem ter desejo excessivo por doces porque ele gera uma certa saciedade e satisfação”, conclui.
Para tratar a compulsão por doces e outras dificuldades alimentares, a pessoa pode recorrer a uma equipe multiprofissional, como psicólogos, nutricionistas, médicos e, inclusive, profissionais de educação física.
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