Garota desapareceu de um quiosque na praia do Cabo Branco, em João Pessoa, no dia 5 de setembro de 2021, e corpo foi encontrado três dias depois, em matagal

José Alex da Silva, acusado de matar Anielle Suelen Teixeira de Farias, de 11 anos, em setembro de 2021, vai a júri popular nesta segunda-feira (6).

A sessão ocorre no auditório do Fórum Criminal, a partir das 9h, e será presidida pelo juiz titular da 1º Tribunal do Júri da Comarca de João Pessoa, Antônio Gonçalves Ribeiro Júnior. Serão ouvidas cinco testemunhas arroladas pelo Ministério Público

Anielle desapareceu de um quiosque na praia do Cabo Branco, em João Pessoa, no dia 5 de setembro de 2021. Câmeras de segurança registraram um homem conversando com a criança às 4h37 – esse foi o último registro da menina com vida.

O corpo dela foi encontrado três dias depois, em uma área de mata, no bairro de Miramar. Ela estava sem a parte de baixo das roupas, o que levantou a suspeita de violência sexual. A análise preliminar do cadáver também apontou indícios de esganadura.

O suspeito, José Alex, de 35 anos, foi localizado e preso na tarde do dia 8 de setembro, na cidade de Ferreiros (PE) horas após a polícia encontrar o corpo. Em depoimento à Polícia Civil da Paraíba, ele confessou ter matado a menina, mas negou o estupro.

José Alex alegou que estava sob efeito de drogas no momento do crime e que ficou com raiva de Anielle depois que ela saiu em sua bicicleta sem pedir permissão. Ao encontrá-la, teria se descontrolado e levado a menina para o matagal. Lá, teria estrangulado a criança.

A versão de José Alex não convenceu a Polícia Civil. A forma como corpo foi encontrado sugeria que Anielle Teixeira havia sido vítima de violência sexual, logo, para os investigadores, teria sido essa a intenção de José Alex ao levar a criança para o matagal.

Um dia após confessar o crime, o suspeito mudou sua versão sobre o caso. Durante audiência de custódia, ele disse que foi agredido por policiais militares de Pernambuco. Segundo o advogado de defesa, Daniel Alisson, a confissão de José Alex à Polícia Civil ocorreu sob tortura. Em nota, a PMPE negou ter cometido qualquer tipo de violência contra o suspeito.

Mesmo com a nova versão de José Alex, a juíza Andreia Carla Mendes Nunes Galdino decidiu manter a prisão preventiva e determinou que ele fosse transferido para a Penitenciária de Segurança Máxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes (PB1).