Aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) rebateram as acusações de que os atos vandalismo registrados na noite desta segunda-feira (12), em Brasília, tenham sido causados por bolsonaristas.

Sem apresentar provas, nas redes sociais eles afirmam que a violência ocorreu pela ação de “infiltrados”. A informação é do portal UOL.

“Manifestantes de direita não se vestem assim. Figuras como essa são os infiltrados, espalhados por Brasília pra causar pânico, vandalizar a cidade, e jogar todo ódio na conta da direita”, disse empresário bolsonarista Otávio Fakhoury.

Quem também se manifestou a respeito das manifestações foi o ex-ministro do Turismo Gilson Machado, que afirmou que as pessoas que participaram das manifestações em Brasília “não fazem parte dos movimentos conservadores”.

“Indivíduos com táticas de guerrilha, fogo em lixeiras e veículos. Já vi esse filme antes”, afirmou Machado.

O ex-secretário especial de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, usou as redes sociais também para comentar o assunto e disse que os casos desta segunda têm “muitos ruídos, muitas versões diferentes”, e solicitou investigação imediata.

“Muitos ruídos, muitas versões diferentes sobre os fatos lamentáveis de Bsb ontem. Para acabar com isso, investigação imediata, câmeras de monitoramento e depoimentos na autoridade competente. Infiltrados serão imediatamente desmascarados”, diz na postagem no Twitter.

Outro apoiador de Bolsonaro e da mesma legenda, PL, o deputado federal Bibo Nunes chamou de “crime” as acusações de que os atos são de bolsonaristas.

“Dizer que quem cometeu vandalismo, em Brasília, ontem, foram bolsonaristas é um crime. Nas redes, você pode ver vídeo de incendiários gritando “fora Bolsonaro” e nenhum com roupa verde ou amarelo. Esse modus operandi não é da direita”, disse Nunes na publicação.

Os ataques à capital federal começaram, nesta segunda-feira, depois de o presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes, determinar a prisão temporária de José Acácio Serere Xavante, pelo prazo de dez dias, por suspeita de ameaça de agressão e de perseguição contra o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O cacique é figura constante em protestos que pedem intervenção militar.