Mensagem está em decisão que autorizou prisões de suspeitos na quarta (22); sigilo do documento foi retirado nesta quinta (23). Decisão também mostra print com ‘controle de gastos’ dos suspeitos no planejamento do sequestro.

Mensagens trocadas por suspeitos de planejar ataques contra o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e outras autoridades mostram códigos usados por eles para combinar o possível sequestro do parlamentar.

Na conversa por WhatsApp, o termo “Tokio” é usado para se referir ao ex-juiz e ex-ministro do governo Bolsonaro, enquanto “Flamengo” substituiria “sequestro”, e “Fluminense” seria usado no lugar de “ação”.

Mensagem que indicou ameaça de sequestro de Moro mostra momento que suspeitos definem códigos para o crime
Mensagem está em decisão que autorizou prisões de suspeitos na quarta (22); sigilo do documento foi retirado nesta quinta (23). Decisão também mostra print com ‘controle de gastos’ dos suspeitos no planejamento do sequestro.

Prints e fotos revelam articulação de grupo que planejava ataque a Moro
Prints e fotos revelam articulação de grupo que planejava ataque a Moro

Mensagens trocadas por suspeitos de planejar ataques contra o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) e outras autoridades mostram códigos usados por eles para combinar o possível sequestro do parlamentar.

Na conversa por WhatsApp, o termo “Tokio” é usado para se referir ao ex-juiz e ex-ministro do governo Bolsonaro, enquanto “Flamengo” substituiria “sequestro”, e “Fluminense” seria usado no lugar de “ação” (veja imagem abaixo).

Mensagem que indicou ameaça de sequestro de Moro mostra momento que suspeitos definem códigos para o crime — Foto: Foto: Stephanie Rodrigues

Mensagem que indicou ameaça de sequestro de Moro mostra momento que suspeitos definem códigos para o crime — Foto: Foto: Stephanie Rodrigues

É o que revela o material que veio a público quinta-feira (23) após a juíza Gabriela Hardt, da 9ª Vara Federal de Curitiba, ter retirado o sigilo da decisão que autorizou a operação que, na véspera, terminou com a prisão de nove pessoas envolvidas nos supostos crimes.

Em 2018, Gabriela assumiu temporariamente a Lava Jato após um afastamento de Moro.

Segundo a decisão que autorizou a operação, a mensagem “permitiu descortinar o plano” que estava sendo articulado “para a consecução de um atentado” contra a segurança do senador. O documento cita que foi esta mensagem que estabeleceu o uso de “linguagem cifrada pela organização, com intuito de dificultar a identificação da ação criminosa”.

De acordo com a decisão que teve o sigilo derrubado, um caderno encontrado nas investigações comprova “categoricamente” os levantamentos de informações pessoais sobre Moro, a esposa, deputada federal Rosângela Moro (União-SP), e os filhos do casal. O caderno detalha, por exemplo, endereços do casal.

No material apreendido havia, também, informações sobre bens declarados.